Os ossos podem se regenerar sozinhos e contam com o cálcio nesse processo.
Pode ser uma topada na cadeira (ouch!), uma queda de bicicleta, um acidente doméstico ou de trânsito, durante a prática esportiva, ou como sintoma da osteoporose. Seja qual for o motivo, uma fratura óssea acontece quando há a perda de continuidade de um osso, fazendo com que ele seja dividido em dois ou mais fragmentos.
A dor é de chorar (deu até pra sentir aí, né?) e nos segundos seguintes – ou no máximo algumas horas até que o corpo esfrie e a adrenalina passe -, já é possível notar alguns sinais no local acidentado: inchaço, hematomas arroxeados, deformidade e a impossibilidade de mexer o membro.
Isso acontece porque depois de uma fratura, nosso organismo entra em ação para “juntar os cacos” e consertar o estrago. E é justamente nesse processo de “colagem” que as células ósseas agem usando parte do cálcio, depositado no restante do esqueleto, para reconstruir o osso partido.
Veja o processo completo da fantástica capacidade de reconstrução dos ossos do nosso corpo. Fique com a gente até o fim.
Alerta vermelho

No momento da fratura, vasos sanguíneos acabam se rompendo dentro do osso e também nos tecidos ao redor dele. Com isso, o sangue vaza e forma uma camada gelatinosa, um coágulo, entre as partes quebradas para que elas fiquem mais estáveis. Além disso, esse sangue traz substâncias inflamatórias para estimular as células no trabalho de regeneração óssea.
Células ósseas em ação

Depois de emitido o sinal de alerta, duas das células que formam o tecido ósseo entram em ação:
1- Os osteoclastos, responsáveis pela reabsorção e remodelagem do osso, começam a “limpar” os fragmentos que restaram da fratura e iniciam a eliminação das células mortas e do coágulo;
2- Por sua vez, os osteoblastos, que fazem o controle do processo de mineralização do osso, se multiplicam e passam a produzir um tecido cartilaginoso para cicatrizar a fratura – o calo mole. Em duas semanas, dependendo da gravidade da lesão, o calo une as duas pontas da fratura como veremos mais abaixo.
Preciso usar gesso?
Quando o tipo de fratura é simples, ou seja, quando as partes quebradas continuam alinhadas, é necessário imobilizar o local com gesso para dar uma ajudinha na regeneração óssea e evitar que as duas pontas do osso rompido mudem de direção ou colem de forma errada. Para fraturas no membros inferiores, o gesso pode ser substituído por uma bota imobilizadora com a mesma finalidade.

Cálcio + fosfato = super cola óssea
A cartilagem, que a princípio deu origem ao calo mole, é preenchida por cálcio e fosfato, tornando-se endurecida. Essa segunda fase é conhecida como calo duro. Por isso, é comum o aparecimento de uma pequena saliência na região.
Mas ainda que a região em processo de recuperação passe por uma rápida mineralização e o novo calo proporcione certa estabilidade, ele ainda não tem a mesma resistência de um osso por inteiro. Isso quer dizer que as células ósseas – os osteoblastos – agem usando parte da reserva de cálcio que mantém os ossos saudáveis e em constante renovação, para reconstruir o osso partido.
“Com o tempo, a circulação sanguínea do osso melhora, a resistência aumenta e o organismo conclui o seu trabalho de colagem natural do osso.”
Pouco a pouco, nosso organismo será capaz de remodelar e fortalecer o osso precoce, fazendo com que o estrago seja totalmente recuperado e a protuberância do calo desapareça. A estrutura volta a ter o formato anterior, e tchãram!, a mágica das células ósseas acontece: temos um osso novinho em folha.
É verdade que o osso fraturado fica mais forte após cicatrizar?
É verdade… em partes! Podemos dizer que existe alguma verdade nessa afirmação no curto prazo. Como vimos, durante o processo de cicatrização, a calosidade mole se forma ao redor da fratura para protegê-la e depois endurece para formar o novo osso.
Sendo assim, é verdade que algumas semanas após o processo de recuperação o osso fraturado se torna mais forte que um osso normal à sua volta: “A região em processo de recuperação passa por uma rápida mineralização, mas como você não pode usá-la, o restante do osso é desmineralizado”, explica o médico Dr. Terry D. Amaral, diretor de cirurgia ortopédica pediátrica do Centro Médico Montefiore, em Nova York.
Então, com o tempo, toda a região acaba atingindo uma resistência por igual, e o local da fratura não tem uma probabilidade maior e nem menor de quebrar novamente. Nem que o osso cicatrizado seja mais forte ou mais fraco que os demais.
Osteoporose e o risco de fratura
Geralmente, uma pessoa sustenta de dois a três ossos fraturados durante a vida. Isso significa que quebrar o pé, o braço ou mesmo um dedinho, faz parte do azar de muita gente por aí (principalmente dos mais estabanados como eu rs) e por isso mesmo é muito comum que isso aconteça em qualquer faixa etária.
No entanto, o risco se torna maior e também mais frequente conforme a idade avança em razão das alterações da estrutura óssea, como a desmineralização do osso, fazendo com que ele se torne mais poroso, frágil e quebradiço – ligando o alerta para a osteoporose.
A osteoporose é uma doença silenciosa, que atinge principalmente as mulheres na fase da menopausa, e causa o enfraquecimento dos ossos. Justamente por não apresentar sintomas claros, é difícil obter um diagnóstico até que ocorram as primeiras fraturas, principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna vertebral. Por isso, é preciso redobrar os cuidados com a reposição dos níveis diários de cálcio e vitamina D no organismo em pessoas acima dos 50 anos, já que uma fratura a essa altura do campeonato dificulta a reparação do osso quebrado e aumenta as chances de cirurgia.

Parece mesmo mágica, mas é só mais um dos incríveis poderes de cura do nosso organismo: produzir a própria cola para juntar os cacos, ou melhor, os ossos quebrados. Basta uma ajudinha das super células ósseas e das moléculas de cálcio e temos ossos fortes e saudáveis novamente, prontos para pegar no tranco.
Malacal é um suplemento vitamínico e mineral que contém cálcio e vitamina D em sua fórmula e foi desenvolvido para suprir as necessidades diárias do organismo de homens e mulheres, estimulando a reabsorção óssea e reduzindo o risco de fraturas. Quem suplementa se move melhor.
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